terça-feira, 1 de janeiro de 2008

São Paulo, cidade aberta


- Tem pra três?
- Hum, não, só temos uma, pra dois. Fumante.
- Tudo bem. É essa. Ana dabliu,e, i, esse , esse.
- Senhora, me antecipei. O gerente tá acenando com a cabeça que a última mesa já estava ocupada. Desculpe. Feliz Ano novo.
Nove horas. Saco. Outro fígado jogado no lixo por erro no cadastro do SUS. O Pasta e Vino tava cheio, Lili, vou continuar tentando.
-É do Paris 6? Nem no balcão? O Yann tá aí? "Nem se estivesse, feliz ano novo."
Ai, Walmir, não achei nada. "O Bar das Empanadas nunca fechou desde que eu me conheço por gente". Pois é, tá fechado que eu já liguei. "Filial?" Também. "Genésio ?"sim e o Genial também. E o Mestiço. O Tartine. O Lola Bistrô. O Sujinho. Tem o Terraço Itália, Li. Mas eu não ligo nem pago a conta. Deixa eu correr aqui que o cara que levou um tiro na cabeça não era diretor do Bradesco e o banco ligou reclamando. Só assessor de imprensa de banco pra funcionar às dez horas do dia 31. Mas a repórter escreveu que ele morreu, hoje, no Hospital de São Sebastião. Ah, foi morte cerebral. Ah, vai ser transferido pra São Paulo. Okey, vou checar e mando a correção.
Trrriiiiiiiimmmm. "Ana, é Simone da escuta, tá indo embora?" Sim, agora mesmo, que só tem mais um táxi no ponto. "Então, vai ter o sorteio da Mega-Sena". Okey, fico até chegar.

07 - 17 - 19 - 34 - 36 - 39

Oi, Lacan, oi Mao, volta aqui, são só fogos de artifício, eu fecho a janela e ponho música. Como só temos vodka e um gole de odd que a dona Maria deixou, vamos brindar com leite, Toma, um pirex pra você e outro pra você, Lacan esse é o do Mao, não conta nada pro papai. Tin-tin, feliz ano novo, meninos. A nutella é pra titia que gato não escova os dentes.

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