sábado, 9 de fevereiro de 2008

Saquê... com anchova



Ao contrário do que acontece com o vinho, que é escolhido por safra, casa e tipo de uva, os saquês do cardápio brasileiro oferecem apenas as opções "nacional" e "importado". Mas que injustiça! Sabia que, dependendo do grau de polimento do arroz, ingrediente de que é feita a bebida, o saquê pode ser mais ou menos puro?
Quanto mais polido o grão de arroz (menos casca, mais miolo), mais pura e leve é a bebida. O aproveitamento do grão no saquê nacional básico é de cerca de 70%. Há os que aproveitam apenas 50% do grão.
A caixinha de madeira onde é servida a bebida funcionava, originalmente, como medida para arroz. Não faça cara feia se seu saquê vier em uma taça de vidro pequena – atualmente, ela é a opção certa no Japão.
Não se sinta obrigado a derramar o saquê para trazer prosperidade. Para muitos isso é considerado desperdício de um líquido tão puro.
O sal é usado como "tempero" de saquê de qualidade inferior, ele disfarça o gosto forte. É um insulto usar sal em saquê bom.
Quando ler Honjozo no rótulo, saiba que isso indica que foi adicionado álcool destilado à bebida fermentada. Já a inscrição Yamadanishiki Junmai tem a ver com o tipo de arroz de que ela é feita, o yamadanishiki é considerado o melhor.
Além da comida japonesa, o saquê pode ser acompanhado por uma variedade de pratos salgados. Não estamos acostumados, mas pode arriscar com uma anchova grelhada, garanto que dá certo.

Um comentário:

André Palhano disse...

Se você quer comprar um bom saquê sem desperdiçar uma fortuna, vá à Liberdade!

As lojinhas e mini-mercados do bairro paulistano oferecem uma variedade enorme da bebida a preços bem interessantes. Tem até alguns com flocos de ouro, dizem que faz bem para a saúde...

Você pode comprar um ótimo rótulo importado, por exemplo, por R$ 30 a R$ 40... O Azuma, da foto, custa apenas R$ 12!!

No Pão-de-Açucar, um saque bem ruinzinho (o Azuma, que a gente toma nos restaurantes rodízio) custa mais de R$ 40... um roubo!